visitas

quarta-feira, 5 de maio de 2010

memória - Luiz Branchi

Velho filho da p...
Irmãos:
pois não é que ontem, ao sair daqui ao mesmo dia, ao me deslocar pro almoço a chuva não permitiu que eu fosse mais longe, de forma que fui obrigado a mirar meus passos ali pro galpão crioulo. Lá chegando, não pude resistir e mandei pra dentro deste pobre corpo: feijão mexido, quibebe, arroz de carreteiro (de charque!!!!), rabada e, pra arrematar, duas conchas bem providas de dobradinha.... tava iniciada a encrenca, mas só fui perceber depois. Chegando em casa, Flora estava comendo umas bolachinas recheadas de chocolate e vendo um jogo de futebol que tava passando mandei umas dez bolachinhas daquelas, mas uma dez de outras que estavam à mão distraidamente. Breque: eu tava mal da barriga desde segunda e tinha ido a uma farmácia para comprar um envelope de millanta que - pensei eu - daria fim aos poblremas. Mastiguei dois de uma tacada só. Ledo engano. Pois, depois fui levar Flora ao médico e lá chegando tasquei pra dentro dos estrogrobofes um capuccino de máquina. Saí de lá e enquanto esperava o trabalho de acupunturista (não meu, claro), fui no caverna do ratão e como sempre faço mandei doze polpetinhas de carne e três chopes. Ao chegar em casa - não consigo saber como (deve zer coisa do frio) - havia uma pizza da qual arrebanhei dois fartos pedaços e os mandei virar esterco. Lá pelas 12 da noite me fui dormir. E adormecia, até que as quase uma e meia da manhã, uma dor de barriga me colcoou fora da cama e me instalou no vaso sanitário. Não sei como a vizinhança não chamou a polícia ou os bombeiros, tal o barulho e o cheiro que deste corpo foram exalados, tal qual um vulcão pinatubo. To aqui trabalhando sub judice do meu fiofó, que hora sim hora não pode me fazer correr ao banheiro pra apatifar a vida dos outros. Mas eu acho que ele não aguenta mais tanto papel higiênico..
Um beijo,. F.

Um comentário: